terça-feira, 10 de abril de 2007

Túnel Sá Freire Alvim prejudica moradores de Copacabana

Rachel Lamm

O Túnel Sá Freire Alvim, que faz a ligação entre as Ruas Barata Ribeiro e Raul Pompéia, está com lixo e dejetos espalhados, mendigos morando por toda sua extensão e cheiro de fezes e urina, o que espanta os pedestres que precisam utilizar a passagem e incomoda moradores.
Os alunos e funcionários da Universidade Estácio de Sá são muito prejudicados com a desordem do túnel, já que o estabelecimento fica próximo ao local. “Eu atravesso para vir pra cá e tenho que me desviar dos mendigos. Às vezes me arrisco e vou caminhando por meio da pista. Já pela manhã é um horror. Raramente à noite, vem uma viatura da polícia expulsá-los, mas quase nunca acontece”, afirma um dos seguranças da universidade, Mário Valdo.


A sujeira é vista por todo o percurso, do começo ao fim. Muito entulho, fezes, urina etc. Um verdadeiro depósito de lixo. Segundo a Comlurb, a limpeza acontece diariamente pela manhã e à noite. Mas os “moradores” do túnel impedem uma lavagem completa e agem agressivamente com o pessoal da limpeza.

Nos prédios próximos ao local, o cheiro se espalha e incomoda os moradores que se sentem vítimas da falta de cuidado. “O cheiro é muito ruim. Para nós moradores, é uma vergonha termos que nos deparar diariamente com esse odor forte”, afirma um morador.
Outro problema é falta de luz. Quase não se enxerga nada, mesmo de dia. “Acho muito escuro, não dá para ver nada. Estava pensando em atravessar, mas desisti por causa da escuridão”, reclama o pedestre, Jean dos Santos.


A aposentada Heloísa Giffoni, há 70 anos em Copacabana, conta que nunca viu o bairro nesse estado. Seu imóvel, que fica nas redondezas do túnel, desvalorizou muito com a falta de cuidado. Hoje, a aposentada não o atravessa mais e faz questão de dar a volta pela Avenida Nossa Senhora de Copacabana, mesmo se estiver atrasada.

De acordo com a Guarda Municipal, não há um posto próximo ao local e isso dificulta um monitoramento eficiente na área. Só há fiscalizações em lugares conturbados em caso de denuncia. Os freqüentadores do túnel Sá Freire Alvim podem fazer reclamações através da guarda municipal pelo telefone 2286-5262.

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