terça-feira, 24 de abril de 2007

"O cheiro do ralo" da rejeição à adoração


Thaiane Estauber

O filme “O cheiro do ralo” de Heitor Dhalia , foi eleito pelo júri o melhor filme da 30ª Mostra de Cinema Internacional de São Paulo. É a segunda vez na história do evento que um filme brasileiro é eleito o melhor.

O filme quase não saiu porque foi orçado em mais de R$ 2 milhões e não conseguiu investidores para ser realizado.
Com persistência o longa-metragem foi filmado apenas com recursos próprios do diretor e dos produtores envolvidos, um deles foi o ator Selton Mello, protagonista do filme que caiu de amores pelo projeto assim que soube de sua existência e atuou segundo o diretor sem ganhar nada. Os outros atores ganharam um cachê simbólico de R$ 100. A solução foi trabalhar em esquema de cooperativa,foram gastos R$ 600 mil, metade para filmar e outra metade para finalizar.

Lourenço interpretado por Selton compra quinquilharias de pessoas desesperadas por dinheiro, no seu ambiente de trabalho ele se diverte dispensando essas pessoas. Seu banheiro tem um cheiro horrível de ralo entupido, com medo que as pessoas pensem que o mau cheiro vem dele, ele repete por muitas vezes que é do ralo.

Um sujeito frio, entediado com a vida, larga sua esposa as vésperas do casamento ao se apaixonar pela bunda da moça ingênua da lanchonete (interpretada por Paula Braun).

O longa foi baseado no livro homônimo de Lourenço Mutarelli, ganhou o público e está sendo elogiado pela crítica.

Nenhum comentário: