terça-feira, 24 de abril de 2007

Gordura Trans: Chegou a hora de tirá-la do seu dia-a-dia

Claudja Mayara

É de chorar, mas as delícias que ilustram esta matéria estão no topo de um ranking que representa um atentado à saúde: o dos alimentos ricos na gordura trans, a mais nefasta de todas. Intimamente ligada ao aumento do colesterol e aos conseqüentes danos à saúde, aí incluídos infarto e derrame, essa molécula ainda carrega a fama de facilitar o aparecimento do diabete. Agora, um estudo recente sugere a inclusão da popular barriga de chope no rol das complicações. Assim, a protuberância abdominal tem tudo para passar a atender por um apelido que lhe cai muito bem: barriga trans.

A trans tem mesmo assustado cientistas e médicos, que cada vez mais estudam seus efeitos nocivos. E a indústria de alimentos, para não perder a clientela preocupada em manter longe todo tipo de ameaça, reage investindo em novos ingredientes que substituam a malvada. Essa busca tem ainda outro motivo. Desde agosto, uma portaria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) obriga todos os fabricantes a estampar em seus rótulos a quantidade da gordura em suas fórmulas. Para eles, o grande desafio é encontrar um substituto à altura, ou seja, um tipo de gordura isento de trans, mas com a mesma capacidade de realçar o sabor e dar consistência até fora da geladeira.

Outros fabricantes de salgadinhos e guloseimas famosas por concentrar a temida trans já aderiram ao óleo de palma. É o caso da Elma Chips. Os produtos não contêm mais gordura trans desde 1998.

Seu nome de batismo, gordura vegetal parcialmente hidrogenada, é mais usado elos técnicos em engenharia de alimentos. Há o apelido trans vem da transformação romovida no arranjo de suas moléculas. Isso acontece durante um processo industrial chamado hidrogenação, em que o óleo recebe átomos de hidrogênio para ficar sólido à temperatura ambiente.

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