terça-feira, 10 de abril de 2007

Alimentar certos nutrientes é importante para nosso organismo


Claudja Mayara

Na Universidade de Maastricht, na Holanda, especialistas combinaram betaglucana com fitoesteróis. Ambas as substâncias abaixam os níveis de colesterol. Unidos, porém, os dois compostos têm tudo para ficar mais poderoso. Durante quatro semanas, o cereal foi ingerido por 40 voluntários. Resultado: nesse período houve redução de 10% da gordura acusada de entupir artérias e levar ao infarto, o LDL.
Essa aliança serve de inspiração para encontros na mesa do café da manhã. A betaglucana, que é uma fibra solúvel, aparece na aveia e os fitosteróis estão em margarinas especiais. O peito, portanto, agradecerá mais ainda se você incluir não só um, mas os dois ingredientes no desjejum.
Já o almoço ou o jantar é apropriado para velhos parceiros — caso do arroz com feijão, que, como os protagonistas de uma verdadeira história de amor, se completam. Casais mais moderninhos, como o tomate e os brócolis, combatem o tumor de próstata. Mas a cenoura e a ervilha também formam uns pares harmoniosos, aliados contra a anemia.

ARROZ E FEIJÃO
É a junção de proteínas que torna o casal inseparável. O arroz contém metionina e o feijão, lisina. Essas duas partículas protéicas — ou aminoácidos, como preferem os especialistas — atuam na reparação de tecidos de todo o nosso organismo. Em suas investigações Eifert descobriu que o arroz tem um tipo de amido que melhora o aproveitamento de ambas as proteínas. A dica para usufruir disso tudo e ainda encher o prato de vitaminas do complexo B é escolher a versão arroz integral ou o parboilizado. Depois de colhido, este último recebe um tratamento que conserva boa parte dos nutrientes e das fibras da casca. E aí suas propriedades chegam muito perto das do tipo integral. Quanto ao feijão, fica a gosto do freguês. Preto ou branco, carioquinha ou de corda, todos casam bem com o arroz.

TOMATE E BRÓCOLIS
Segundo o cientista de alimentos John Erdman, ambos os vegetais são excelentes fontes de antioxidantes e juntos potencializam a proteção da próstata. Pela pesquisa, Erdman ofereceu a dupla a cobaias com câncer nessa glândula. Nos animais a combinação conseguiu impedir o crescimento do tumor. Os brócolis contêm o sulforafano e o tomate é rico em licopeno. Se isolados os compostos são eficazes, imagine quando se somam. Sugere a inclusão de pelo menos três porções do par ao longo da semana.

CENOURA E ERVILHA
As duas despontam como aliadas contra a anemia. A ervilha é boa fonte de ferro, o nutriente que combate o desânimo, mas essa leguminosa precisa de um empurrão para que ele seja bem aproveitado pelo organismo. Pois bem. Segundo os britânicos, esse auxílio pode vir da cenoura, um vegetal lotado de carotenos. O mecanismo ainda nãoestá elucidado. Assim, mais estável, o transporte do ferro dentro do nosso organismo fica muito eficiente. A outra dica que ajuda na absorção do mineral vindo de vegetais: consumi-lo junto de boas fontes de vitamina C, caso das frutas cítricas. No aparelho digestivo o meio fica mais ácido e isso torna o nutriente mais proveitoso.

CHICÓRIA E IOGURTE
À primeira vista um não parece ter nada a ver com o outro. Mas, na intimidade, ela esconde boas doses de oligossacarídeos, substâncias que têm ação prebiótica. Traduzindo: alimentam os microorganismos benfeitores que moram no nosso intestino e promovem a sua proliferação, enquanto ele pode contribuir com porções dessas bactérias que recebem a alcunha de probióticas. Assim o casal coopera para que o microscópico exército de defesa dê frutos e se multiplique — o que, além de manter as funções intestinais, dá uma força ao sistema imunológico, afastando doenças oportunistas, como a gripe, e até mesmo tumores de cólon.

QUEIJO E FRUTA

Perto um do outro, atuam na luta contra a obesidade. A proteína vinda do queijo breca a digestão rápida dos carboidratos da fruta. Dessa forma, a sensação de sociedade é prolongada e tão cedo não bate aquela fome. A dupla é bem-vinda principalmente nos intervalos entre as refeições, de manhã ou à tarde. É que o queijo contém cálcio e, quanto mais longe esse nutriente ficar de alimentos ricos em ferro — como o bife do almoço —, melhor. Depois de comer um deles é bom esperar pelo menos duras horas para ingerir o outro.

Um comentário:

Anônimo disse...

Te amo, Marinhaaaaaaaa!