quinta-feira, 26 de abril de 2007

Escola de Mestre-Sala e Porta-Bandeira


Carolina Di Salvo


Se alguém pensa que carnaval só acontece em fevereiro, está muito enganado. A Marquês de Sapucaí fica aberta o ano todo a visitantes e turistas para conhecerem a tradição do carnaval carioca. É lá que, há dezesseis anos, existe uma das melhores escolas de mestre-sala e porta-bandeira do país. Tão boa, que há dez anos recebeu uma homenagem: um museu, no próprio Sambódromo, que faz a alegria dos turistas. Fantasias e relíquias do carnaval estão à disposição e por apenas três reais os visitantes podem vestir as roupas, desfilar e sambar pela Sapucaí. Mas a escola corre o risco de fechar as portas e acabar com o sonho de muitos de aprender, com perfeição, a arte de mestre e sala e porta bandeira. “A partir de maio não contamos com nenhum patrocínio. Vai ser difícil mas eu tenho certeza que vão se passar uma, duas semanas e vai aparecer alguém que queira ajudar”, afirma mestre Manoel Dionísio, fundador da escola.
A Escola de Mestre-Sala, Porta-Bandeira e Porta-Standarte, foi fundada no início da década de 90 pelo mestre Manoel Dionísio, e nesses dezessete anos formou grandes nomes do carnaval carioca, como Soninha da Costa e Ronaldinho. O objetivo é ensinar as técnicas de dança de mestre-sala e porta bandeira. A partir desse aprendizado muitos alunos conseguem um lugar de destaque nas principais escolas de samba da cidade. A iniciativa de mestre Dionísio, formado em dança Afro-brasileira, de abrir a escola foi puramente social. A escola ensina de crianças a adultos que queiram aprender a dançar e é voltada para as pessoas da comunidade, não tem vínculos governamentais e melhor, é grátis.

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